Da Democracia à Liberdade

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Esta conversa sobre democracia real soará familiar a qualquer pessoar que vivenciou as Jornadas de Junho de 2013 ou equivalentes em outros países, da Tunísia, a Madrid, a Nova Iorque, os movimentos desencadeados pela crise econômica se tornaram experimentos sobre novas formas de governança. Mas em 2014 o verniz da democracia real começou a se desgastar: a revolução da Ucrânia e o movimento contra a corrupção no Brasil confirmaram a reapropriação do discurso pela direita, enquanto os movimentos que se espalharam a partir de Ferguson começaram com revoltas, não com uma assembleia. Mas da próxima vez que a revolução estiver em pauta, certamente ouviremos mais apelos por democracia “real”. Enquanto democracia for o único paradigma que tivermos para trazer mudanças, até mesmo anarquistas irão demandá-la.

Refletindo sobre as revoltas da década que nos precede, nós decidimos que já era hora de ir a fundo sobre o que a democracia realmente é—e se é o que queremos, no fim das contas. Depois de anos de pesquisa, discussões e experimentações, estamos empolgados em apresentar as nossas conclusões em uma nova publicação: Da Democracia à Liberdade (baixe aqui o arquivo).Neste texto, examinamos o fio da meada que conecta as diferentes formas de democracia, traçamos o desenvolvimento da democracia desde sua origens clássicas até as suas variantes contemporâneas representativas, diretas e baseadas em consenso, e avaliamos como o discurso e os procedimentos democráticos servem aos movimentos sociais que os adotam. No caminho, nos damos uma ideia do que poderia significar buscar a liberdade diretamente ao invés de através de governos democráticos.